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Happy Hour: Mestre em ciências do movimento e jornalista e fotógrafa falaram sobre o mundo das corridas e a importância dos calçados adequados para atletas de todos os níveis

Happy Hour: Mestre em ciências do movimento e jornalista e fotógrafa falaram sobre o mundo das corridas e a importância dos calçados adequados para atletas de todos os níveis 13 MAIO

Entender sobre tudo que envolve o mundo das corridas, trazer um pouco mais de informações para quem não tem essa percepção ainda e a partir disto entender a importância do uso de um calçado adequado para cada tipo de corrida e para cada tipo de corredor. Este foi o objetivo do tema abordado no Happy Hour com Tecnologia do IBTeC, na última quarta-feira, 11 de maio. Para discorrer sobre o assunto, o Instituto convidou a jornalista e fotógrafa Fernanda Paradizo, que tem mais de vinte anos de experiência em acompanhar o esporte pelo mundo, tanto para registrar quanto para participar das competições. Como debatedor ainda, o coordenador de Laboratório do Grupo Dass, Wagner Rosa de Oliveira, que é graduado em Educação Física pela Unisinos e mestre e doutorando em Ciências do Movimento Humano pela UFRGS. Com mais de oito anos de experiência em pesquisa na indústria voltada para biomecânica do calçado, Biomecânica da locomoção terrestre e esporte, é hoje uma das referências do segmento na região. Para mediar a discussão, o  coordenador do Laboratório de Ensaios em Biomecânica do IBTeC, Eduardo Wüst, especialista em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia e mestre em Ciências do Movimento Humano - Biomecânica. Eduardo é ainda doutorando em Ciências do Movimento Humano – Biomecânica.

Eduardo Wüst abriu a conversa falando sobre o crescimento do número de pessoas que aderem à modalidade corrida como esporte, seja em nível profissional ou amador. Lembrou que, para qualquer que seja o nível do atleta, é importante que ele esteja atento ao tipo de calçado usado na prática do esporte, porque o uso de um calçado não adequado pode trazer prejuízos para a sua estrutura física.

Fernanda Paradizo iniciou contando como foi sua introdução ao mundo das corridas.  Ela é corredora desde 1993, e desde 2008 atua como colaboradora junto à revista Contra-Relógio e à Kamel Turismo, além de fazer vários trabalhos para marcas esportivas. Como jornalista e fotógrafa, já fez cobertura de muitos eventos esportivos internacionais. Fernanda é praticante de corrida desde 1993. Fernanda contou que entrou nesta área porque já era corredora e trabalhava na Revista Boa Forma, como revisora de texto, e pedia uma oportunidade para escrever. Entre os trabalhos que lhe foram pedidos, surgiu uma oportunidade de fazer uma matéria sobre a Maratona de Nova York - a pauta era “como se preparar para a Maratona de Nova Iorque”. Foi quando conheceu Vanderlei de Oliveira, que na época treinava o empresário Abílio Diniz e sua equipe para a disputa. Foi fazer uma reportagem com o preparador e ele a convidou para viajar com a equipe em 1997 - treinar por oito meses e relatar toda a experiência. Foi assim que ela uniu as duas coisas. Na sequência, foi convidada pelo Grupo Pão de Açúcar para trabalhar na empresa, acompanhando e registrando a equipe da empresa.

Wagner Rosa de Oliveira abriu sua participação lembrando que mais do que quem trabalha na indústria de calçados, os corredores de uma maneira geral precisam olhar com critério a diversidade de produtos que o mercado oferece, com diferentes atribuições entre eles. Cada um favorece determinadas características, que vão auxiliar o corredor ou oferecer proteção ao seu corpo. Por isto se faz necessário que o corredor se informe cada vez mais e seja criterioso sobre seus objetivos com a corrida na hora de escolher os equipamentos que vai utilizar. Disse acreditar que a tendência é de que a variedade de oferta seja cada vez maior.

Eduardo Wüst enfatizou que um produto para corrida traz consigo um histórico de pesquisa de materiais, desde formato, tipo de palmilha, que faz com que resulte em um produto que vai anteder às necessidades específicas de cada consumidor, como é o caso dos corredores. Lembrou que o atleta precisa do conhecimento para poder investir no melhor calçado para o seu estágio na corrida, para o tipo de corrida que ele vai participar.

Wagner diz que de forma geral, “menos é mais” - informação demais dispersa daquilo que realmente é importante. O fabricante precisa avaliar o que realmente quer entregar ao corredor, para gerar o resultado que ele precisa para sua corrida. Wagner lembrou que os calçados para corridas têm uma evolução interessante, que está intrinsecamente ligada à própria história da indústria de calçados. Os materiais variam, mas as características permanecem. De acordo com Wagner, o grande boom para a indústria de tênis de corrida foi no final da década de 70, início da década de 80, quando surgiram os primeiros componentes de amortecimento. Foi aí que se começou a utilizar o EVA, e desenvolver tecnologias que promovessem maior absorção do impacto. No início da década de 90 foi levantado outro paradigma, com o surgimento de calçados que buscavam o controle à pronação, com o advento da biomecânica. Foi aí que surgiram as solas que promovem o controle do movimento. Assim se teve todo um avanço, com pesquisas da indústria que buscava universidades para tentar comprovar estas premissas, lembrou o palestrante.

A partir de 2017 houve uma mudança no mercado, com a comprovação de que o calçado tem uma participação importante na performance do atleta de corridas em geral. O que se implementou foram componentes que promovem rigidez no solado do calçado de corrida. Wagner chamou a atenção para o fato de que “até 2017 sempre se falou em prevenção. A partir de 2017 começou-se a falar exclusivamente em performance”. Os atletas de corrida estão em busca de bater recordes. E a indústria de calçados, está atenta, oferecendo calçados com maior rigidez nos seus solados.

Perguntada sobre o que busca em calçados para corrida, Fernanda afirma que os principais atributos são leveza e conforto. Falou também em fidelidade a marcas que se adaptam às características do seu pé.

Na opinião de Wagner, “não tem como performar com um calçado que está machucando. O segredo é sempre o conforto, que é o que manda na performance. 

Para qualquer tipo de atleta, seja iniciante ou de alta performance, é preciso dar tempo para o corpo se adaptar ao calçado, enfatiza Wagner Rosa de Oliveira. O calçado precisa de tempo de adaptação ao corredor.

Wagner salientou a importância de a indústria se preocupar em entregar produtos de qualidade também para os corredores não profissionais, com um valor agregado menor, mas com qualidade de conforto e proteção.

Happy Hour com Tecnologia tem como patrocinadores: Solvay Group / RhodiaUnimed Vale do SinosZahoneroApoio da Revista Tecnicouro e do NIT/IBTeC.

Para assistir à live do Happy Hour com Tecnologia na íntegra, clique AQUI.

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